
Para desenvolver o ataque na linha de médios bem característico do estilo, o Sérgio utilizou o fio 43Awg (que é mais fino que o tradicional 42AWG), aumentou o número de espiras na bobina e deixando-a mais próxima do centro magnético, gerando um campo que favorece o ataque de médios. O resultado é uma sonoridade que mantém o bom DNA de um single de strato, mas com mais carne e força sonora. O que eu não sabia é que ele se destacaria tanto na posição de ponte, e viria a ser minha opção #1 dessa posição.
Os quase 10k de resistência DC, inductância de 4.3H (quase o dobro de um single clássico) e um pico de ressonância por volta de 4kHz (o famoso Seymour SSl-1 tem pico de 10khz), me dizem que ele tem mais potência, mais corpo e soa menos estridente que um single clássico. Em linhas mais gerais ele se assemelha com o SSL-5 mas tem um foco de ataque numa linha médio-aguda da EQ e um gaves mais compactos e em menor quantidade. Isso garante ao RockSurf 43 a definição e clareza de um single clássico sem soar estridente e ao mesmo tempo um pouco mais de corpo em situações com algum ganho. A sonoridade fica quaaasseee (eu disse quase) na linha de uma tele, justamente pela faixa de médios e ataque acentuado.
Em situações ao vivo ele fatia a banda no meio e acerta a plateia em cheio sem muito esforço, soando definido e agradável. Solos e bases rockeiras falam de maneira muito legal e até algum twang aparece caso você encarne o Frusciante numa gig.
Para fins comparativos, gravei as mesmas frases do SSL-5 do post anterior com os mesmos setups para que as diferenças sejam mais claras:
Clean: